Incrível como nós seres
humanos somos cruéis. Nós “exterminamos” tudo a nossa volta. Vejam o que
fazemos com a natureza, fonte da nossa própria sobrevivência. Até contra nossos
semelhantes fazemos coisas absurdas e de difícil compreensão. Essa semana ocorreu um triste episódio onde torcedores do grêmio xingaram o goleiro Aranha (Santos) com gritos
de "macaco" e grunhidos de "hu,hu,hu". Acredito que se tivessem
armados teriam eliminado o goleiro ali mesmo.
O dicionário define o racismo
como um preconceito e discriminação com base em percepções sociais baseadas em
diferenças biológicas entre os povos. Muitas vezes toma a forma de ações
sociais, práticas ou crenças, ou sistemas políticos que consideram que
diferentes raças devem ser classificadas como inerentemente superiores ou
inferiores com base em características, habilidades ou qualidades comuns
herdadas. Também pode afirmar que os membros de diferentes raças devem ser
tratados de forma distinta
O racismo é fonte de
guerras, assassinatos, extermínios, genocídios e piadas. Aqui no Brasil, apesar
de disfarçado, acontece de norte a sul e leste a oeste. Em um Brasil com uma
miscigenação enorme, é triste observar que grande parte dos “brancos” praticam o
racismo com grande naturalidade. O nordestino acaba virando Baiano. O do norte
é índio. O negro é macaco. Quem nunca ouviu piadas do tipo: “Baiano é honesto até pra roubar”.
A edição 1680 da revista
VEJA, como o título “Quem somo nós?”, afirma que mais de 60% dos que se julgam “brancos”
têm sangue índio ou negro correndo nas veias. Incrivelmente, essas mesmas
pessoas têm vergonha da própria origem e simulam uma linhagem nórdica. O fato foi comprovado
por pesquisas genéticas realizado na Universidade federal de Minas gerais (UFMG).
O resultado das pesquisas
acaba por confirmar uma linha cômica na formação do povo brasileiro. Os
brancos, colonizadores ou imigrantes, tiveram filhos em larga escala com índias
da terra ou africanas trazidas para o trabalho escravo. Desta forma, o vovô,
que chegou aqui para construir uma nova América, pegou a vovó no laço para
satisfazer seus apetites carnais. Assim, de um ponto de vista antropológico, os
brasileiros sofrem de uma síndrome de bastardia, que se reflete em sua
auto-imagem e na cultura que produzem.
Portanto, se um dia você tiver
que responder sobre a sua cor (branco, negro ou pardo). Responda simplesmente
que é mestiço. Afinal de contas, essa classificação por cor da pele é meramente
uma categoria cravada com base na aparência, no contexto social e na
autopercepção. Na realidade, gosto mais da expressão bíblica em Gênesis
1:26-27, que diz assim: “E disse Deus:
Façamos o homem à nossa imagem, conforme a nossa semelhança...E criou Deus o
homem à sua imagem; à imagem de Deus o criou; homem e mulher os criou.”