Foram várias as causas do declínio do
governo Dilma e do “Partido dos Trabalhadores” (PT). Um artigo apenas não seria
possível detalhar tantos erros cometidos. No entanto, vou tentar explicar
brevemente algumas das principais causas. Considerando a boa Administração
Pública, o governo Dilma perdeu a capacidade de governabilidade e de
governança. A governabilidade tem a ver com as condições de legalidade do
governo para identificar as necessidades e anseios sociais, promovendo as
mudanças necessárias. A governança está relacionada com a capacidade de
implementar essas mudanças por meio de ações práticas e que produzam resultados
positivos na sociedade.
No caso da presidente Dilma e seu
partido (PT), o principal erro foi dar prioridade para um projeto de poder.
Desta forma, ignorando que a governabilidade e a governança dizem respeito à
democracia e a cidadania, a priorização desse projeto de poder acabou por realizar
os piores crimes da administração pública, tais como: o clientelismo,
favorecimentos, vantagens e trocas imorais, desvios de verbas públicas,
solicitação e recebimento de propinas, corrupção ativa e passiva, prevaricação,
condescendência criminosa, uso de informação pública privilegiada, apropriação
indébita da coisa pública, manipulação e falsificação contábil das contas
públicas, desobediência às leis, crime de responsabilidade, entre outros. O
pior de tudo foi que todos esses crimes foram institucionalizados em todas as
áreas da Administração Pública de forma sistemática e simultânea.
Outro erro fatal foi à perda da capacidade
e do controle financeiro e administrativo da governança. As consequências foram
à desordem, o colapso e a degeneração política e econômica do país. Principalmente
pelo abandono e respeito aos interesses públicos, em prol do ganancioso projeto
de poder. Houve também o rompimento das relações institucionais entre o Estado
e as várias partes interessadas da sociedade, tais como: a população, os outros
poderes da união, congressistas e empresários. Vale destacar que esse
distanciamento se deve as constantes mentiras proferidas pela presidente Dilma,
o ex-presidente Lula e seus companheiros do PT. Neste contexto, destaco à ação
conjunta do Ministério Público Federal e da Polícia Federal que revelaram as várias
mentiras desse governo, levando a cabo muitos políticos (companheiros) para a
prisão.
Algum leitor ainda poderia justificar
que meus argumentos são subjetivos e não são motivos para a saída da presidente
Dilma que foi eleita democraticamente. Para responder a esse questionamento,
cito algumas frases que podem dar um exemplo mais “filosófico” para o que
escrevo, tais como: “todo poder emana do povo para o povo” – daí se pode concluir
que o mesmo povo que a colocou no poder, pode sim tirá-la; também cito “me
digas com quem andas que te direis quem és” – daí se pode concluir que quase
todos os “companheiros” do partido político base da Presidente foram presos
pelos crimes que já mencionei; também cito “se quer conhecer o caráter de uma
pessoa dê poder a ela” – daí se pode concluir que aqueles discursos de campanha
eleitoral eram todos enganosos.
Não bastando os argumentos acima
mencionados, posso ainda complementar com outros dados negativos desse
desgoverno, tais como: Aumento da Dívida Pública Federal (DPF), que bateu o
recorde em 2015 (R$ 2,763 trilhões), e irá ultrapassar a marca de R$ 3 trilhões
neste ano (Fonte: Plano Anual de Financiamento da Dívida Pública); As chamadas
“pedaladas fiscais” que nada mais é que uma maquiagem contábil dos resultados
negativos; A falta de investimentos em infraestrutura (Fracasso do PAC –
Programa de Aceleração do Crescimento), causando um aumento nos custos da
indústria e a falta de competitividade; Aumento da inflação que já tem previsão
de 7% para o ano corrente; Queda do Produto Interno Bruto (PIB) que em 2015 foi
de 3,8%, o maior em 25 anos (Fonte: Instituto Brasileiro de Geografia e
Estatística – IBGE) – vale destacar que o mesmo IBGE já prevê outra queda do
PIB para 2016 (mais um registro histórico) e entre outros.
Por fim, quero dizer
que não dá mais para um “amador” político querer ser Gestor Público. A Gestão
Pública atual requer um profissional completo, ou seja, um político e um GESTOR
capacitado. Para ratificar o que digo, tomo como exemplo a Lei de
Responsabilidade Fiscal (LRF). A LRF é um “divisor de aguas” que coloca ordem
na bagunça que antes faziam, impunemente, os governos municipal, estadual e federal . A LRF foi
a melhor ação que poderia acontecer para a profissionalização da Administração
Pública. Agora, os governos não podem gastar mais do que arrecadam e nem fazer
financiamentos descontrolados. Todos devem responsabilidade para com o controle
das contas públicas. Não dá mais para os governos gastarem sem controle nenhum
e simplesmente transferir a conta do rombo para os contribuintes. A regra agora
é: A farra acabou!