Essa é uma questão polêmica em todas as organizações. Nesse contexto, vou citar um exemplo da minha experiência na gestão de empresas: Em certa situação, sempre tínhamos pessoas descumprindo normas e procedimentos. Devido a essa situação, começamos então a
aplicar advertência escrita (punição). Alguns até foram desligados por
indisciplina. Contudo, apesar das punições, as irregularidades nunca
reduziam.
Resolvemos então fazer um programa de conscientização massivo baseado em informações educativas, sinalização, treinamento e acompanhamento. Resultado: reduzimos a ZERO as irregularidades e já não era mais necessário "punir" ninguém. Ou seja, trabalhamos firme e continuamente na educação e mudança de comportamento. Devido a essa experiência, sou mais favorável a educar primeiro, antes de punir.
É claro que algumas pessoas cometem erros pq são indisciplinadas mesmo. Porém, a grande maioria comete erros porque não sabem o que é permitido fazer e o que não é permitido fazer. Daí, a necessidade de comunicar, treinar e conscientizar.
Outro exemplo: Um tempo atrás, em uma viagem de trabalho no exterior, notei que no metrô não haviam guardas fiscalizando, nem câmeras e nem agente de cobrança dos tickets. Simplesmente as pessoas compravam os tickets em uma máquina e entravam nas estações.
Vendo isso, eu perguntei ao meu colega estrangeiro o que aconteceria se eu não pagasse o ticket e simplesmente entrasse na estação sem pagar. Ele respondeu que eu entraria sem problema algum. Porém, me perguntou em seguida: por que eu faria isso? Por que eu entraria sem pagar, sabendo que eu deveria pagar?
Consciência, educação e cultura. É difícil sim, mas é necessário começar.