Segundo
Ohno (1997), o termo japonês para a melhoria contínua é o Kaizen que faz
uso do trabalho em equipes para a solução de problemas, documentando e
melhorando processos, coletando e analisando dados. Por meio do Kaizen,
autoriza-se as pessoas a agir na correção de problemas e lhes ensinamos como fazê-lo
corretamente.
As
pessoas aprendem a buscar as causas, ao invés dos "culpados",
conseguindo-se com isto soluções efetivas e, de quebra, um ambiente de maior
entendimento e melhores relacionamentos entre a equipe.
Com
o Kaizen, abate-se a cultura de "varrer a sujeira para debaixo do
tapete", a cultura da tolerância com as falhas e perdas de todo tipo. Ocorre
também uma mobilização em toda a equipe para o combate aos erros e aos
desperdícios, em todos os aspectos e por toda a organização.
Para
Ohno (1997) o que se revela ao implantar o Kaizen, como de resto ao se implantar
qualquer programa de gerenciamento participativo é que, na realidade, todas as
pessoas gostam, apreciam e têm grande orgulho em fazer corretamente o seu
trabalho, e se decepcionam quando este não apresenta os resultados esperados.
O
Kaizen acaba revelando como as pessoas apreciam e buscam a satisfação do
trabalho bem feito. Na verdade, torna-se mais fácil mobilizá-las para
contribuir ativamente para a melhoria contínua, por meio da identificação das
causas e da criação dos mecanismos necessários para que as falhas e erros não
tornem a ocorrer.
Desta
forma, tem-se um duplo efeito benéfico, pois além de contribuírem para a
solução dos problemas da empresa, os funcionários também passam a se sentirem
mais satisfeitos, tornando-os mais produtivos e mais interessados em
participar, num círculo virtuoso em que todos ganham. O estudo realiza o Kaizen
de processo, que enfoca em processos individuais e são dirigidas às equipes de
trabalho e líderes de equipe.
Segundo
Imai (1994), o Kaizen tem papel fundamental no sucesso competitivo
japonês. Significa pequenas mudanças realizadas no status quo,
como resultado dos esforços contínuos.
Um
melhor entendimento sobre o processo de melhoria contínua, que é a essência do Kaizen,
pode ser obtido por meio da compreensão do ciclo PDCA. O Kaizen também
contribui para a construção do aprendizado por meio do envolvimento direto dos
colaboradores das áreas estudadas no gemba.
Para
explicar como o aprendizado acontece, Nonaka e Takeuchi (1997) citam o exemplo
da Matsushita, uma indústria japonesa que precisava desenvolver uma
máquina doméstica de fazer pão. Isto precisava ser implementado com o
conhecimento tácito que só os padeiros possuíam (haviam micro-passos que nem
mesmo o próprio padeiro sabia descrever).
Os
autores ressaltam que os técnicos da Matsushita aprenderam o
conhecimento tácito do padeiro por meio da observação e do conceito de
“aprender fazendo” (socialização). Este conhecimento foi apresentado a outros
membros do grupo de desenvolvimento, através de alguma forma de comunicação
explícita (externalização).
O grupo padronizou o conhecimento adquirido primeiramente através de um manual e depois no desenvolvimento da máquina (combinação). A partir deste desenvolvimento, o grupo enriqueceu seus conhecimentos tácitos, possibilitando o surgimento de novos conhecimentos (internalização).
O grupo padronizou o conhecimento adquirido primeiramente através de um manual e depois no desenvolvimento da máquina (combinação). A partir deste desenvolvimento, o grupo enriqueceu seus conhecimentos tácitos, possibilitando o surgimento de novos conhecimentos (internalização).