As
empresas brasileiras somente começaram a vivenciar o fenômeno da globalização
na década de 90, impulsionadas por mudanças de paradigmas. A informação e o
processo de negócio passaram a ser mais importante que o produto. Os
indicadores de competitividade, antes ancorados ao produto, preço e praça,
agora passam a se basear na qualidade dos processos produtivos, na produção com
menores custos, na habilidade para administrar informações, na produção do
conhecimento, na inovação e em agregar valor aos clientes.
Entretanto,
algumas organizações somente buscam melhorar seus processos com custos cada vez
menores porque essa atitude é forçada pelas exigências do mercado e pela
competitividade global. Sendo assim, para competir com eficiência e eficácia
nesse ambiente altamente competitivo, faz-se necessário inovar e aprimorar as
vantagens competitivas. É assim que as empresas bem-sucedidas estão se
transformando rapidamente para acompanhar as novas necessidades de um mercado
muito mais criterioso na escolha de seus parceiros, pois, essas mudanças afetam
todas as organizações, não importando seu tamanho ou segmento de atuação.
Uma das
maneiras de acompanhar essa nova realidade é o aperfeiçoamento permanente da
empresa, envolvendo todos os colaboradores, conscientizando-os de que somente
pelo esforço conjunto de cada um é que a empresa sobreviverá e poderá crescer e
manter os progressos conquistados. Portanto, é nesse cenário que surgem as
organizações de sucesso, inovando diante de uma necessidade emergente de melhorar
os processos, reduzindo custos e se adaptando às mudanças sociais e tecnológicas,
bem como os contínuos desafios impostos por uma economia global.
Ocorre
que nem sempre é possível realizar as melhorias revolucionárias, para os quais,
aliás, é mais difícil conseguir a adesão das pessoas. A dica é seguir uma
política de pequenas ações de melhorias que proporcionam o aprendizado contínuo
e melhores resultados. Desta forma, faz-se necessário que a melhoria contínua e
o aprendizado estejam impregnados em toda a organização. Desenvolver uma
cultura organizacional que esteja alinhada com esse novo perfil é fundamental
não somente para a organização, mas também como estratégia frente à
concorrência.
Neste
sentido, a cultura corporativa deve reforçar a estratégia e o projeto
estrutural de que a organização necessita para obter êxito. Se o ambiente
externo exige flexibilidade e responsabilidade, a cultura deve incentivar a
adaptabilidade. Desta forma, a palavra mudança já se tornou regra e não é mais
uma exceção ou apenas uma “moda” de alguns. O gerenciamento da mudança deve ser
conduzido de forma eficaz, mobilizando e despertando esperança nas pessoas.
O cenário
mercadológico exige a ampliação do mix
de produtos com ciclos de vida cada vez menores, a fim de atender as
necessidades cada vez mais específicas dos clientes. Para tanto, as empresas devem
desenvolver sistemas produtivos cada vez mais enxutos, ágeis e flexíveis. Portanto,
o fator crítico de sucesso é a capacidade de reagir rapidamente às mudanças na
demanda. Ser “enxuto” é uma necessidade sine
qua non para as empresas, mas também é necessário desenvolver habilidades
que contribuam para impulsionar sua “agilidade” operacional.
Novas
demandas dos clientes, novos produtos, novas técnicas de produção e
comercialização, novos processos de gerenciamento, novos mercados, sistemas
mais eficientes de transporte e comunicação, surgem a cada dia e cada vez mais
rápido. A magnitude e a velocidade dessas transformações estão exigindo novas
formas de gerenciamento que incluem decisões rápidas sobre fatos novos para os
quais não se pode contar com regras anteriormente estabelecidas.
Vale lembrar que as mudanças sempre existiram. Contudo,
o que está ocorrendo hoje é uma transformação acelerada dos processos científicos,
humanos e sociais. Portanto, ficar parado significa regredir. As empresas que
não acompanharem essas transformações estarão fadadas ao fracasso, pois a
essência do sucesso de toda organização está em sua capacidade de se transformar
ao longo do tempo. E mais importante! Essa adaptabilidade não dispensa um
planejamento organizado, sistemático, articulado, holístico e proativo.