Primeiramente, quero dizer que os
tipos de pessoas que cada empresa produz dependem exclusivamente dos paradigmas
que esta organização professa no seu dia a dia, ou seja, a cultura
organizacional. É claro que há bons e maus profissionais. Daí a importância da
organização em mapear os perfis de cada colaborador, a fim de ajustar as
equipes de trabalho e assim promover a sinergia necessária para que o resultado
apareça.
O primeiro tipo é o bajulador, também
vulgarmente chamado de “puxa-saco”. Esse tipo age desta forma porque tem
insegurança da capacidade como profissional. Também tem medo da concorrência de
outros inovadores, pois não consegue se desenvolver. Na maioria das vezes, não
sabe contra-argumentar com base em dados e fatos. A verdade é que essa figura
só existe porque há também o “chefe” que gosta de ser bajulado, transformando
as relações interpessoais em um jogo de ego danoso para a organização.
O segundo é o “fofoqueiro”. Esse tipo
atrapalha o processo de renovação organizacional. É aquele que cria as
coalizões políticas (panelinhas) que acabam gerando uma competição predatória
entre os colegas, desmotivando a equipe, interferindo diretamente nos
resultados, influenciando negativamente o time e até gerando um “motim”. Vale
ressaltar, sem medo de errar, que a totalidade das fofocas geradas tem o único
interesse de prejudicar as outras pessoas.
Vale ressaltar que esse tipo possui
uma das piores características entre todos os outros, pois é uma ameaça constante
para os colegas e para o seu próprio chefe. O fato é que essa figura só existe
porque há também os receptores que compartilham o veneno do transmissor. Padrões
de ética e lealdade são valores que esse tipo definitivamente não conhece.
O terceiro é o “coitadinho”. Esse
colaborador parece que já se aposentou e não avisou a empresa. Ele não suporta
o peso dos desafios apresentados e não consegue combater a adversidade
encontrada. Na maioria das vezes, julga-se injustiçado. Sempre está com uma desculpa
pronta, além da dissimulada posição de vítima. Trabalha com medo e é grande
fonte de desmotivação da equipe. O pior é que esse tipo sempre tenta ser a vítima
de uma situação que ele mesmo criou, acabando por transferir a culpa de sua
incompetência.
O quarto é o “conformado”. Esse nunca
se motiva diante dos desafios. É aquele que faz o “mínimo necessário” para
permanecer no emprego. Não inova em nada. Nunca contribui com ideias e nem
participa dos times de melhorias. É um resistente implacável, sendo contra tudo
e todos. O salário no fim do mês lhe atende perfeitamente. Não tem aspirações
ou ambições para conduzir novos projetos. Quando o líder procura alguém para
delegar é o primeiro a desaparecer (ninja). Na maioria das vezes, fica sempre
quieto para não ser lembrado e assim não receber nenhuma tarefa ou
responsabilidade adicional. Nos processos de auditoria, é o primeiro a
desaparecer.
O quinto é o chamado “orgulhoso”. Esse
tipo se acha “o cara”. Não possui nenhuma humildade, pois se considera o único
bom da equipe. O “orgulhoso” sempre fica isolado do time e tem problemas no
relacionamento interpessoal, pois se acha superior a todos ao ponto de não se
misturar. Ocorre que essa autoavaliação é apenas uma ilusão causada pelo seu
próprio ego, pois não é capaz de enxergar sua fraqueza. Em um ambiente
organizacional é natural que você cometa alguma falha. Desta forma, a atitude
que se espera do funcionário é a humildade para reconhecer o erro e aprender a
fazer melhor. Neste contexto, o “orgulhoso” nunca reconhece um erro cometido. O
pior é que ele acaba escondendo seu próprio erro e ainda “empurra” a culpa para
outro colega.
No fim, para não
ficar só nos perfis negativos, segue o tipo mais desejado entre as
organizações. Trata-se do colaborador “padrão”. Esse tipo é superior aos outros
em relação às competências, o caráter e a maturidade profissional. É automotivado
e proativo, pois está sempre em busca de novos desafios e melhorias. Sabe
trabalhar em equipe, com as adversidades, medos e frustrações. Parece ter
energia infinita e sempre está produzindo algo. Entrega mais do que é delegado
e com qualidade superior à esperada. É agente de mudanças. Possui a base do caráter
na ética, na verdade, na lealdade e na confiança. Sabe balancear o tempo entre
a empresa e a família. É um líder natural da equipe e, na maioria das vezes, é
considerado um sucessor natural. No entanto, sofre bastante porque acaba provocando
a inveja dos outros, inclusive dos maus chefes.