segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011

A GALINHA E A ÁGUIA

Era uma vez.... um ovo de águia que se soltou do ninho e veio rolando, rolando montanha abaixo. Parou bem dentro de um galinheiro, justamente ao lado dos ovos de uma galinha. A galinha, com seu espírito maternal, recolheu o ovo junto aos seus. Cuidou dele. Aqueceu e chocou aquele pobre ovinho desgarrado. Nasceram então cinco lindos pintinhos e um pinto diferente, esquisito. Coisas da natureza, vai saber!. Todos foram crescendo e se criando como galinhas e galos, naquela vidinha de sempre. Corridas pelo quintal, ciscar atrás do galo pai, aprontar umas traquinices e sair correndo pra baixo das asas da mãe, esta por sua vez, sempre sorridente e feliz. Um belo dia passa por ali um naturalista e observando aquelas aves notou a águia no meio das galinhas. Intrigado, ele foi lá conversar com a águia:
- Ei...você ? é voce! Psiu! Vem cá! o que você está fazendo aqui ? você já reparou que você não é uma galinha.
- Ué! Por que você diz isso ? eu nasci aqui, eu cresci aqui, eu me criei aqui. Que história é essa ?
- Você não é uma galinha. Você é uma águia.!
- Águia ? eu?
- É...uma águia.
- Cê tá louco. Eu não sou águia. Eu sou uma galinha. Veja, eu não sei voar, eu vivo no galinheiro, meus irmãozinhos são todos pintinhos e eu addoro comer milho e minhoquinhas. Como é que eu posso ser uma águia?
- Mas você é uma águia.
- Não, sou não.
- É!
- Sou não!
- É sim, quer ver!

O naturalista pegou a pequena ave e a levou para cima do telhado. E disse: - Vou lhe mostrar que você é uma águia. E a atirou lá de cima. A pequena avezinha deu três cambalhotas no ar e se espatifou no chão. Machucou as perninhas. Ficou toda ralada. Xingou até a terceira geração do naturalista: - Miserável! Tá doido? Tá querendo me matar? Eu não disse que não era uma águia! Ora seu .
O naturalista não desistiu. Pegou de novo a ave e a levou para o alto da árvore mais alta que encontrou e, de novo, jogou de novo a ave lá de cima. Novamente, ela deu três cambalhotas no ar, uma pequena planada e outra batida no chão. Dessa vez ela ficou desesperada. Tentou fugir do louco de todas as maneiras, correu atrás de proteção, mas não teve jeito.
O homem era obstinado. Mais uma vez ele conseguiu pegá-la e dessa vez a levou para o topo da montanha mais alta da região. Era a morte certa! O coração da águia tava uma verdadeira bateria de escola de samba. Seus olhos nem se abriam de tanto medo. De novo o lançamento. De novo a vertigem da queda. A morte era e iminente. De repente, num ímpeto de coragem e instinto, num daqueles momentos em que a natureza fala mais alto ela abriu as asas. Imediatamente começou a planar.
Seu coração voltou a um ritmo mais moderado. Criou coragem e começou a bater asas. No inicio de forma desajeitada e incomoda. Depois de forma graciosa e segura. Como se ela sempre soubera voar! Feliz ela foi cada vez mais alto, cada vez mais longe e flutuou leve e contente em direção ao sol. Finalmente ela alcançara seu destino. Finalmente ela desabrochara e encontrara sua vocação. Finalmente ela se tornara um ser que já existia dentro dela. Finalmente ela se tornara um ser completo.

E VOCÊ?! Quando irá despertar o potencial (águia) que há dentro si mesmo?

“Seja quem você for, em qualquer posição que tiver na vida, do nível altíssimo ou mais baixo social, tenha sempre como meta muita força e determinação. Sempre faça tudo com muito amor e fé em Deus, por que um dia você chegará lá. De alguma maneira você chegará” Ayrton Sena.