As Organizações que Aprendem: A Primeira Disciplina de Peter Senge
Em 1990, quinze anos após o início
de seus estudos, Peter Senge popularizou cinco disciplinas através do seu
livro: The Fifth Discipline: the art and the pratice of a learning
organization - A Quinta Disciplina: A arte e prática da organização que aprende.
Vejamos nos parágrafos seguintes um resumo das disciplinas.
Na primeira disciplina, Senge descreve que o domínio
pessoal é a expressão usada para a disciplina do crescimento e aprendizado. Em
que pessoas com altos níveis de domínio expandem continuamente sua capacidade
de criar em sua vida os resultados que almejam e é dessa busca contínua pelo
aprendizado que surge o espírito da organização que aprende.
Essa disciplina está diretamente relacionada com o
desenvolvimento das pessoas, o qual possui as seguintes características: desenvolver
o crescimento e o aprendizado contínuo das pessoas, desenvolver a contínua
visão do que realmente é importante, aprender continuamente em como ver a
realidade atual e onde se está em relação ao que se quer alcançar, desenvolver
a capacidade de produzir resultados, desenvolver o autoconhecimento e a
consciência, desenvolver a criatividade e, por fim, estimular o crescimento
pessoal entre os colaboradores, porque isso fortalecerá a organização.
Algumas organizações ainda resistem à disciplina do
domínio pessoal, pois defendem que o pleno desenvolvimento de seus
colaboradores é uma mudança radical em relação ao contrato tradicional entre o
funcionário e a instituição. Sendo considerada em alguns aspectos a mudança
mais radical em relação às práticas empresariais tradicionais da organização
que aprende.
Senge (2004) também comenta que o maior nível de
resistência em estimular o domínio pessoal reside no fato de tratar do
“abstrato” e em parte de se basear em conceitos intangíveis não quantificáveis,
como a intuição e a visão pessoal.
Portanto, não sendo possível medir com a precisão de
três casas decimais, até que ponto o domínio pessoal contribui para a melhoria
da produtividade e dos resultados financeiros. O mesmo destaca que na cultura
capitalista se torna difícil até discutir algumas das premissas do domínio
pessoal.
Entretanto, há ainda aqueles que
temem que o domínio pessoal ameace a ordem estabelecida de uma empresa. O que
não deixa de ser um medo válido, pois, investir as pessoas de poder, quando
estas não estão preparadas e não compartilham da mesma visão, pode ser
imprudente e desta forma vir a aumentar o estresse na organização e a
responsabilidade gerencial de manter a coerência e a direção.