As Organizações que Aprendem: A Terceira Disciplina de Peter Senge
Em 1990, quinze anos após o início
de seus estudos, Peter Senge popularizou cinco disciplinas através do seu
livro: The Fifth Discipline: the art and the pratice of a learning
organization - A Quinta Disciplina: A arte e prática da organização que aprende.
Vejamos nos parágrafos seguintes um resumo das disciplinas.
Na terceira disciplina, a visão
compartilhada une os grupos na ação, ou seja, uma visão só é compartilhada
integralmente na medida em que ela se relaciona com as visões dos membros do
grupo.
A empresa deve possuir uma missão
clara, bem definida para que as pessoas dêem o melhor de si e que venham a
adotar uma visão compartilhada, nas quais são fatores preponderantes o
comprometimento ao invés da aceitação.
Uma visão compartilhada não é
apenas uma ideia. Mesmo que essa ideia seja tão importante quanto à liberdade.
Ao contrário, é uma força no coração das pessoas, é uma força de impressionante
poder que pode ser inspirada por uma ideia, mas que quando evolui, quando é
estimulante o suficiente para obter o apoio de mais de uma pessoa, deixa de ser
uma abstração, pois se torna evidente. As pessoas começam a vê-la como se
existisse. Nas questões humanas, poucas forças são tão poderosas quanto uma
visão compartilhada.
Num nível mais simples, uma visão
compartilhada é a resposta ao que se quer criar. Assim como as visões pessoais
são retratos ou imagens que as pessoas têm na mente e no coração, as visões
compartilhadas são imagens que pertencem às pessoas que fazem parte de uma
organização.
Sendo que uma visão é realmente
compartilhada quando duas pessoas têm a mesma imagem e assumem o
comprometimento mútuo de manter essa visão, não só individualmente, mas em
conjunto.
Em uma organização que aprende, a
visão compartilhada é essencial, pois fornece foco e energia para a
aprendizagem. Contudo, as organizações que tencionam criar visões
compartilhadas devem estimular continuamente às pessoas a desenvolverem suas
visões pessoais.
Do contrário, se não tiverem sua
própria visão, restará às pessoas simplesmente concordarem com a visão dos
outros. E o resultado disso é a aceitação, mas jamais o comprometimento.
Atualmente, visão é um conceito
familiar em liderança na empresa. Mas, ao se analisar detalhadamente,
descobre-se que a maioria das visões é na verdade, a visão de uma pessoa ou de
um grupo, imposta a uma organização.
Tais visões têm, na melhor das
hipóteses, aceitação, mas não o comprometimento. Uma visão compartilhada conta
com o verdadeiro comprometimento de muitas pessoas, pois reflete a visão
pessoal de cada uma delas.