quinta-feira, 19 de janeiro de 2023

As Organizações que Aprendem: A Quinta Disciplina de Peter Senge


As Organizações que Aprendem: A Quinta Disciplina de Peter Senge

Em 1990, quinze anos após o início de seus estudos, Peter Senge popularizou cinco disciplinas através do seu livro: The Fifth Discipline: the art and the pratice of a learning organization - A Quinta Disciplina: A arte e prática da organização que aprende. Vejamos nos parágrafos seguintes um resumo das disciplinas.

Na quinta disciplina, o pensamento sistêmico visa ajudar as pessoas a enxergar as coisas como parte do todo e não como peças isoladas, bem como, criar e mudar a sua realidade.

É um quadro de referência conceitual, um conjunto de conhecimentos e ferramentas desenvolvido ao longo do tempo, através da percepção do mundo como uma rede integrada de relacionamentos.

O pensamento sistêmico é considerado a pedra fundamental da organização que aprende, pois irá agir como um elo para fundir teoria e prática. Embora as cinco disciplinas se desenvolvam separadamente, tem como papel essencial, integralizar as demais disciplinas ao todo de forma sistêmica.

Os problemas de hoje vêm das soluções de ontem, isto é, causa e efeitos não estão próximos no tempo e no espaço. Para as situações que são enfrentadas no dia-a-dia das empresas, devem-se recordar as soluções que foram dadas para outros problemas no passado.

Neste caso, deve-se também usar o poder da observação para se ter à visão do todo e tirar proveito das situações vivenciadas no passado, tomando cuidado par não fragmentar, contendo somente as partes de um problema. Soluções que apenas transferem os problemas de uma parte do sistema para outra, não devem ser consideradas.

Os pensamentos sistêmicos de pequenas atitudes bem focalizadas podem produzir mudanças significativas e duradouras, desde que atuem no lugar certo. Os pensadores sistêmicos referem-se a esse princípio como “alavancagem”.

De modo geral, a solução de um problema difícil é uma questão de descobrir onde está a maior alavancagem, uma mudança que ao menor esforço, resulte em uma melhoria duradoura e significativa.

Para compreender as questões gerenciais mais complexas é preciso ver o sistema inteiro responsável pelo problema. Muitas vezes cada área enxerga os problemas da empresa claramente, porém, nenhuma percebe como as políticas de seus departamentos interage com as dos outros.

O fato de se ver o sistema inteiro não significa que todos os problemas de uma empresa só podem ser compreendidos se for analisada a organização como um todo. Alguns problemas podem ser compreendidos analisando-se exclusivamente a interação entre as principais funções como produção, marketing e pesquisa.

No entanto, há outros nos quais forças sistêmicas críticas surgem dentro de uma determinada área funcional, e outros ainda nos quais a dinâmica do setor como um todo, deve ser considerado.

A tendência natural das pessoas é culpar as circunstâncias externas pelos seus problemas. Ou seja, alguém de fora, os concorrentes, a imprensa, as mudanças do mercado, o governo, que fizeram ou deixaram de fazer alguma coisa.

O pensamento sistêmico mostra que não existe “lá fora”, pois, a pessoa que é a causa de seus problemas, faz parte de um único sistema. A cura está no seu relacionamento com o seu “inimigo”.

A quinta disciplina é a “pedra fundamental” da organização que aprende, pois funcionará como um elo que irá fundir teoria e prática, pois, embora as disciplinas se desenvolvam separadamente, o pensamento sistêmico é responsável pela integração das demais disciplinas ao todo de forma sistêmica. Desta forma, para que se possa alcançar uma situação de aprendizagem contínua, o ideal é que as cinco disciplinas funcionem em conjunto.

Organizações que aprendem devem dar sustentação para que as pessoas ampliem constantemente a capacidade para criar os resultados que realmente desejam, onde existe uma nova maneira de pensar, a aspiração coletiva é libertada e as pessoas juntas, passam a estar em contínuo aprendizado aprendendo a vislumbrar que fazem parte do todo.

Como forma de orientação às organizações ao contínuo aprendizado, Senge dedicou especial ênfase ao pensamento sistêmico, objetivando que pessoas e organizações cada vez mais se direcionem ao aprendizado contínuo.

Para tal, uma compreensão clara de que o mundo não é feito de forças separadas é primordial, pelo qual a capacidade de aprender contínua e rapidamente passa a ser uma fonte de vantagem competitiva sustentável.