As Organizações que Aprendem: A Quinta Disciplina de Peter Senge
Em 1990, quinze anos após o início
de seus estudos, Peter Senge popularizou cinco disciplinas através do seu
livro: The Fifth Discipline: the art and the pratice of a learning
organization - A Quinta Disciplina: A arte e prática da organização que aprende.
Vejamos nos parágrafos seguintes um resumo das disciplinas.
Na quinta disciplina, o pensamento
sistêmico visa ajudar as pessoas a enxergar as coisas como parte do todo e não
como peças isoladas, bem como, criar e mudar a sua realidade.
É um quadro de referência
conceitual, um conjunto de conhecimentos e ferramentas desenvolvido ao longo do
tempo, através da percepção do mundo como uma rede integrada de
relacionamentos.
O pensamento sistêmico é
considerado a pedra fundamental da organização que aprende, pois irá agir como
um elo para fundir teoria e prática. Embora as cinco disciplinas se desenvolvam
separadamente, tem como papel essencial, integralizar as demais disciplinas ao
todo de forma sistêmica.
Os problemas de hoje vêm das
soluções de ontem, isto é, causa e efeitos não estão próximos no tempo e no
espaço. Para as situações que são enfrentadas no dia-a-dia das empresas,
devem-se recordar as soluções que foram dadas para outros problemas no passado.
Neste caso, deve-se também usar o
poder da observação para se ter à visão do todo e tirar proveito das situações
vivenciadas no passado, tomando cuidado par não fragmentar, contendo somente as
partes de um problema. Soluções que apenas transferem os problemas de uma parte
do sistema para outra, não devem ser consideradas.
Os pensamentos sistêmicos de
pequenas atitudes bem focalizadas podem produzir mudanças significativas e
duradouras, desde que atuem no lugar certo. Os pensadores sistêmicos referem-se
a esse princípio como “alavancagem”.
De modo geral, a solução de um
problema difícil é uma questão de descobrir onde está a maior alavancagem, uma
mudança que ao menor esforço, resulte em uma melhoria duradoura e
significativa.
Para compreender as questões
gerenciais mais complexas é preciso ver o sistema inteiro responsável pelo
problema. Muitas vezes cada área enxerga os problemas da empresa claramente,
porém, nenhuma percebe como as políticas de seus departamentos interage com as
dos outros.
O fato de se ver o sistema inteiro
não significa que todos os problemas de uma empresa só podem ser compreendidos
se for analisada a organização como um todo. Alguns problemas podem ser
compreendidos analisando-se exclusivamente a interação entre as principais
funções como produção, marketing e pesquisa.
No entanto, há outros nos quais
forças sistêmicas críticas surgem dentro de uma determinada área funcional, e
outros ainda nos quais a dinâmica do setor como um todo, deve ser considerado.
A tendência natural das pessoas é
culpar as circunstâncias externas pelos seus problemas. Ou seja, alguém de
fora, os concorrentes, a imprensa, as mudanças do mercado, o governo, que
fizeram ou deixaram de fazer alguma coisa.
O pensamento sistêmico mostra que
não existe “lá fora”, pois, a pessoa que é a causa de seus problemas, faz parte
de um único sistema. A cura está no seu relacionamento com o seu “inimigo”.
A quinta disciplina é a “pedra
fundamental” da organização que aprende, pois funcionará como um elo que irá
fundir teoria e prática, pois, embora as disciplinas se desenvolvam
separadamente, o pensamento sistêmico é responsável pela integração das demais
disciplinas ao todo de forma sistêmica. Desta forma, para que se possa alcançar
uma situação de aprendizagem contínua, o ideal é que as cinco disciplinas
funcionem em conjunto.
Organizações que aprendem devem dar
sustentação para que as pessoas ampliem constantemente a capacidade para criar
os resultados que realmente desejam, onde existe uma nova maneira de pensar, a
aspiração coletiva é libertada e as pessoas juntas, passam a estar em contínuo
aprendizado aprendendo a vislumbrar que fazem parte do todo.
Como forma de orientação às
organizações ao contínuo aprendizado, Senge dedicou especial ênfase ao
pensamento sistêmico, objetivando que pessoas e organizações cada vez mais se
direcionem ao aprendizado contínuo.