Atualmente, as organizações
buscam continuamente melhorar seus processos com custos cada vez menores porque
essa atitude é forçada pelas exigências dos clientes e pela competitividade. Essa
condição é sine qua non para quem
deseja competir com eficiência e eficácia em um cenário cada vez mais competitivo.
Desta forma, as empresas devem constantemente procurar inovar e aprimorar suas
vantagens competitivas. A dica é que as organizações devem acompanhar as
contínuas mudanças impostas por um mercado cada vez mais criterioso na escolha
de seus parceiros. Vale ressaltar que essas necessidades afetam todas as empresas,
seja de pequeno, médio e grande porte, não importando o segmento em que atuam.
Uma das maneiras de
acompanhar essa realidade é o aperfeiçoamento permanente da empresa, envolvendo
todos os funcionários, conscientizando-os de que somente pelo esforço conjunto
de cada um é que a empresa sobreviverá e poderá crescer e manter os progressos
conquistados. É nesse ambiente organizacional que surgem as organizações que
aprendem, diante de uma necessidade emergente das empresas para melhorarem seus
processos, reduzindo custos e inovando constantemente para que possam se
adaptar às mudanças mercadológicas e aos desafios impostos pela economia global.
As organizações que
aprendem são aquelas que são aprendizes, capazes de reagir às mudanças,
solucionar problemas e aproveitar oportunidades. A aprendizagem organizacional
envolve a absorção de novas técnicas e pressupõe essencialmente a adoção de uma
nova postura. Basicamente, é a evolução para uma cultura de aprendizagem
contínua, em que os funcionários aprendem uns com os outros. Portanto, nas
organizações de aprendizagem, as pessoas aprimoram continuamente suas
capacidades de criar e recriar o estado futuro em ações conjuntas, objetivando
a conscientização da equipe, através de mudanças e de alterações pessoais para
que possam questionar constantemente seus modelos mentais e criarem ambientes
seguros para que outras pessoas possam fazer o mesmo.
Diante deste contexto,
desenvolver um método eficaz para a gestão do processo de renovação
organizacional é fundamental para promover a mudança organizacional necessária
para a sobrevivência em um mercado cada vez mais competitivo. Ocorre, no
entanto, que as organizações precisam atentar para um entrave comum nessa
situação. Trata-se da mudança cultural em todos os níveis hierárquicos, ponto
fundamental para a busca da excelência dos processos.
Várias pesquisas revelam
que as maiores dificuldades encontradas na implantação de novas filosofias e
métodos é a transformação organizacional (mudança do status quo). Uma dessas
pesquisas, realizada por uma empresa global de consultoria chamada Bain & Company, constatou que metade
dos 223 executivos que participaram do levantamento de dados afirmaram que as
empresas não possuem sistemas e habilidades suficientes para realizar uma
gestão efetiva da mudança organizacional. Eles ainda concluem que 70% dos
programas de mudança falharam.
O fato é que Gestão da
Mudança é realmente uma transição complexa. A dica é que a transformação deve ser
construída e sedimentada passo a passo, pois envolve mudanças de hábitos,
pensamentos, sentimentos e percepções que antes estavam inseridos no dia-a-dia
das pessoas (mind set) e que fazem
parte da identidade da empresa (jeito de ser). Portanto, trata-se de um
processo que requer o gerenciamento adequado para que as barreiras da
resistência humana sejam quebradas.
Entretanto, esse ajuste
na cultura organizacional deve começar a partir da criação de um ambiente
favorável para que a transformação ocorra, pois mesmo a mais elaborada
estratégia de negócio e o mais moderno aparato tecnológico não conseguirão alavancar
resultados positivos sem que haja o engajamento adequado dos colaboradores. Reciclar
passa a ser obrigatoriamente uma preocupação de qualquer empresa, bem como
propiciar métodos para que isso se torne uma necessidade das pessoas.
Portanto, empregados e
empregadores precisam aprender diferentes tarefas e saber que devem mudá-las de
maneira continuada e permanente. A única vantagem competitiva das empresas contemporâneas
é a rapidez com que os seus gestores assimilam e praticam o conhecimento adquirido
em detrimento dos gerentes das concorrentes. Assim, aprender a aprender passa a
ser a grande competência procurada em qualquer membro da organização.