terça-feira, 6 de setembro de 2022

Balanceamento de Mão de Obra

O termo “balanceamento” numa primeira leitura sugestiona a ideia de equilíbrio. Quando se menciona a expresão balanceamento de mão de obra, faz-se referência a divisão justa e correta das atividades que integram um processo com vistas a evitar que algum dos operadores fique com uma carga menor de trabalho, o que gera ociosidade (Rocha, 2008). No contexto das linhas de produção, consoante Peinado e Graemi (2007) e Pereira (2018), as seguintes etapas devem ser consideradas quando se pratica o balanceamento de mão de obra:

- Divisão das operações de trabalho em elementos de trabalho que possam vir a ser executados de maneira independente;

- Levantamento criterioso do tempo padrão dos elementos de trabalho;

- Definição da sequência de tarefas e suas respectivas ações predecessoras;

- Desenho do diagrama de precedências;

- Efetuação do cálculo de tempo da duração do ciclo seguida do estabelecimento do número mínimo de estações de trabalho;

- Verificação da existência ou não de uma forma mais eficiente de balanceamento, com vistas a fazer com que todos os postos tenham o mesmo grau de ociosidade sem prejudicar o andamento da linha;

- Calcular o potencial referente ao tempo ocioso dos postos, bem como o índice de eficiência da produção;

- No caso de todos os itens acima terem sido postos em prática, outra forma de balanceamento seria o uso de estações de trabalho em paralelo, como, por exemplo, duas estações onde cada operador faz ações elementares e demoradas, mas sem subdivisão de trabalho com vistas a dobrar a velocidade da produção.

Uma forma eficaz e eficiente de se efetuar o balanceamento de mão de obra e com isso reduzir custos e estoques intermediário é a utilização da ferramenta denominada como Gráfico de Balanceamento de Operador – GBO (Carvalho et al., 2018). A palavra balanceamento faz menção a carga real de cada um dos operadores atuantes num determinado processo com relação ao chamado takt time. Esta expressão é de origem alemã e significa ritmo (Liker & Franz, 2013).

No contexto do Lean o takt time representa a medida da taxa média do atendimento de demanda. Para efeito de exemplificação: numa linha de produção de motocicletas, caso o takt time seja de 45 segundos, estão este é o tempo que leva para uma motocicleta estar em estado de produto acabado. Concernente ao GBO, pode-se dizer que sua representação visual é feita por meio de um quadro onde são discriminadas as atividades dos operadores em relação ao takt time (Bonato, Zimmer & Pereira Junior, 2019).

Para Silva (2021), o gráfico Yamazumi consiste numa ferramenta utilizada para balanceamento de linha e seu uso é comum e bem aceito nas operações de manufatura. O seu foco é voltado para a realização de melhorias em balanceamento de linha. A configuração deste gráfico é formada por barras que evidenciam o ciclo de tempo utilizado por cada operador na sua respectiva atividade no processso produtivo. É oportuno esclarecer que o Yamazumi como ferrramenta de melhoria não representa um fim em si mesma, até porque quando há mudanças no processo produtivo, a sua configuração pode ser alterada (Naufal, Jaffar, Noriah & Halim, 2013).