domingo, 23 de dezembro de 2012

ABC (Activity-Based Costing)

O Modelo de Custeio Baseado em Atividades – ABC (Activity-Based Costing) pode atender adequadamente esta necessidade cumprindo os seguintes passos:
a)       Mapeamento das atividades do processo;
b)      Definição dos direcionadores de recursos;
c)       Custeio das atividades
Em síntese o Modelo ABC permite que as organizações melhorem seus processos identificando e controlando seus padrões de custo e conseqüentemente a tomada de decisão. As empresas que organizam seus custos por departamento, ignoram que as atividades e processos cruzam com freqüência as fronteiras departamentais e não conseguem, portanto, separar as atividades que agregam valor aos produtos e serviços daquelas que não agregam.
Dentro da perspectiva financeira o modelo BSC também avalia a gestão do risco operacional e financeiro da empresa. O risco operacional está diretamente vinculado à estrutura de custos da empresa (proporção entre custos fixos e variáveis) e o risco financeiro é o resultado de sua estrutura de capital (proporção entre recursos próprios e de terceiros), ou seja, seu grau de alavancagem financeira.
A segunda perspectiva é a dos clientes. O departamento de marketing deve avaliar a participação de mercado e as estratégias de manutenção e satisfação dos clientes. Geralmente as preocupações dos clientes são classificadas em quatro categorias: tempo, qualidade, desempenho e serviço.
Dentro destas categorias alguns indicadores podem ser levantados. No caso do lead time podem ser agrupados o tempo do pedido até a entrega do produto, o time-to-market para os novos produtos, os defeitos dos produtos, e o atendimento das especificações do produto definidas pelos clientes.
Na perspectiva dos clientes também é necessário medir a lucratividade gerada por segmentos de mercado explorados pela empresa. Neste aspecto, Berton (1998:8) afirma que o conhecimento específico da lucratividade gerada por um cliente ou por determinado segmento de mercado pode significar uma estratégia voltada para melhorar sua posição competitiva ou, ainda, desinvestir neste segmento ou cliente. Enfim, o mais importante na mensuração e monitoramento desses indicadores é o fato de buscar o equilíbrio entre os setores da empresa em busca de um denominador comum entre a participação de mercado e lucratividade.
A terceira perspectiva é a dos processos internos. O sucesso de uma empresa pode ser resultante de como a empresa organiza e gerencia uma seqüência de atividades. Uma seqüência de atividades que cria um produto ou serviço pode ser visualizada como uma cadeia de valor (value chain), uma vez que cada fase da cadeia deve agregar algum valor que o cliente perceba.
Nesta perspectiva a empresa deverá construir indicadores que avaliem o processo de lançamento de novos produtos, a proporção das atividades que agregam valor em relação as que não agregam, o grau de eficiência produtiva, os serviços pós-vendas realizados, o gerenciamento da marca e o processo de logística.
A quarta perspectiva é a do aprendizado e crescimento. Esta perspectiva identifica a capacidade da empresa em gerar crescimento e melhorias de longo prazo. As três fontes principais, neste caso, são pessoas, sistemas e procedimentos organizacionais.
Segundo Kaplan (1998) o aprendizado e o crescimento são essenciais para o sucesso da implantação do modelo BSC porque formam a base da melhoria da qualidade e da inovação. Na realidade uma empresa pode apresentar um bom desempenho sob o ponto de vista financeiro, ter um bom relacionamento com seus clientes e contar com excelência em seus processos internos, mas, se outro concorrente também conseguir vantagens semelhantes, isso não representará vantagem competitiva.
Não se deve ficar acomodado com o desenvolvimento atual, mesmo que os acionistas o aceitem como satisfatório, e para mudar e se aperfeiçoar continuamente é necessário um processo de aprendizagem e crescimento, que depende intrinsecamente do capital intelectual da empresa. Somente através dos funcionários a empresa pode melhorar continuamente seus processos.
Nesta perspectiva os indicadores irão mensurar a capacidade da empresa em manter seu estoque de talentos com alto índice de motivação e criatividade, pois só os recursos humanos são capazes de elaborar novas estratégias na busca do aumento do grau de competitividade da empresa. Alguns indicadores como investimento em treinamento e capacitação, rotatividade de pessoal, sugestão de funcionários para o aumento de receita e o nível de alinhamento das metas individuais com os objetivos e metas da organização, identificando prováveis desvios e o grau de receptividade e compromisso dos baixos escalões com a macro estratégia da empresa podem ser dados como exemplo.
Após a organização decidir o que medir e determinar os responsáveis pela mensuração em cada área, o processo avança com a coleta de dados e envio para um banco de dados central que processará as informações.