sábado, 22 de agosto de 2015

Quais os “tipos” mais comuns de colaboradores existentes nas organizações?

Primeiramente, quero dizer que os tipos de pessoas que cada empresa produz dependem exclusivamente dos paradigmas que esta organização professa no seu dia a dia, ou seja, a cultura organizacional. É claro que há bons e maus profissionais. Daí a importância da organização em mapear os perfis de cada colaborador, a fim de ajustar as equipes de trabalho e assim promover a sinergia necessária para que o resultado apareça.
O primeiro tipo é o bajulador, também vulgarmente chamado de “puxa-saco”. Esse tipo age desta forma porque tem insegurança da capacidade como profissional. Também tem medo da concorrência de outros inovadores, pois não consegue se desenvolver. Na maioria das vezes, não sabe contra-argumentar com base em dados e fatos. A verdade é que essa figura só existe porque há também o “chefe” que gosta de ser bajulado, transformando as relações interpessoais em um jogo de ego danoso para a organização.
O segundo é o “fofoqueiro”. Esse tipo atrapalha o processo de renovação organizacional. É aquele que cria as coalizões políticas (panelinhas) que acabam gerando uma competição predatória entre os colegas, desmotivando a equipe, interferindo diretamente nos resultados, influenciando negativamente o time e até gerando um “motim”. Vale ressaltar, sem medo de errar, que a totalidade das fofocas geradas tem o único interesse de prejudicar as outras pessoas.
Vale ressaltar que esse tipo possui uma das piores características entre todos os outros, pois é uma ameaça constante para os colegas e para o seu próprio chefe. O fato é que essa figura só existe porque há também os receptores que compartilham o veneno do transmissor. Padrões de ética e lealdade são valores que esse tipo definitivamente não conhece.
O terceiro é o “coitadinho”. Esse colaborador parece que já se aposentou e não avisou a empresa. Ele não suporta o peso dos desafios apresentados e não consegue combater a adversidade encontrada. Na maioria das vezes, julga-se injustiçado. Sempre está com uma desculpa pronta, além da dissimulada posição de vítima. Trabalha com medo e é grande fonte de desmotivação da equipe. O pior é que esse tipo sempre tenta ser a vítima de uma situação que ele mesmo criou, acabando por transferir a culpa de sua incompetência.
O quarto é o “conformado”. Esse nunca se motiva diante dos desafios. É aquele que faz o “mínimo necessário” para permanecer no emprego. Não inova em nada. Nunca contribui com ideias e nem participa dos times de melhorias. É um resistente implacável, sendo contra tudo e todos. O salário no fim do mês lhe atende perfeitamente. Não tem aspirações ou ambições para conduzir novos projetos. Quando o líder procura alguém para delegar é o primeiro a desaparecer (ninja). Na maioria das vezes, fica sempre quieto para não ser lembrado e assim não receber nenhuma tarefa ou responsabilidade adicional. Nos processos de auditoria, é o primeiro a desaparecer.
O quinto é o chamado “orgulhoso”. Esse tipo se acha “o cara”. Não possui nenhuma humildade, pois se considera o único bom da equipe. O “orgulhoso” sempre fica isolado do time e tem problemas no relacionamento interpessoal, pois se acha superior a todos ao ponto de não se misturar. Ocorre que essa autoavaliação é apenas uma ilusão causada pelo seu próprio ego, pois não é capaz de enxergar sua fraqueza. Em um ambiente organizacional é natural que você cometa alguma falha. Desta forma, a atitude que se espera do funcionário é a humildade para reconhecer o erro e aprender a fazer melhor. Neste contexto, o “orgulhoso” nunca reconhece um erro cometido. O pior é que ele acaba escondendo seu próprio erro e ainda “empurra” a culpa para outro colega.
No fim, para não ficar só nos perfis negativos, segue o tipo mais desejado entre as organizações. Trata-se do colaborador “padrão”. Esse tipo é superior aos outros em relação às competências, o caráter e a maturidade profissional. É automotivado e proativo, pois está sempre em busca de novos desafios e melhorias. Sabe trabalhar em equipe, com as adversidades, medos e frustrações. Parece ter energia infinita e sempre está produzindo algo. Entrega mais do que é delegado e com qualidade superior à esperada. É agente de mudanças. Possui a base do caráter na ética, na verdade, na lealdade e na confiança. Sabe balancear o tempo entre a empresa e a família. É um líder natural da equipe e, na maioria das vezes, é considerado um sucessor natural. No entanto, sofre bastante porque acaba provocando a inveja dos outros, inclusive dos maus chefes.