terça-feira, 1 de dezembro de 2015

As organizações que aprendem

Atualmente, as organizações buscam continuamente melhorar seus processos com custos cada vez menores porque essa atitude é forçada pelas exigências dos clientes e pela competitividade. Essa condição é sine qua non para quem deseja competir com eficiência e eficácia em um cenário cada vez mais competitivo. Desta forma, as empresas devem constantemente procurar inovar e aprimorar suas vantagens competitivas. A dica é que as organizações devem acompanhar as contínuas mudanças impostas por um mercado cada vez mais criterioso na escolha de seus parceiros. Vale ressaltar que essas necessidades afetam todas as empresas, seja de pequeno, médio e grande porte, não importando o segmento em que atuam.
Uma das maneiras de acompanhar essa realidade é o aperfeiçoamento permanente da empresa, envolvendo todos os funcionários, conscientizando-os de que somente pelo esforço conjunto de cada um é que a empresa sobreviverá e poderá crescer e manter os progressos conquistados. É nesse ambiente organizacional que surgem as organizações que aprendem, diante de uma necessidade emergente das empresas para melhorarem seus processos, reduzindo custos e inovando constantemente para que possam se adaptar às mudanças mercadológicas e aos desafios impostos pela economia global.
As organizações que aprendem são aquelas que são aprendizes, capazes de reagir às mudanças, solucionar problemas e aproveitar oportunidades. A aprendizagem organizacional envolve a absorção de novas técnicas e pressupõe essencialmente a adoção de uma nova postura. Basicamente, é a evolução para uma cultura de aprendizagem contínua, em que os funcionários aprendem uns com os outros. Portanto, nas organizações de aprendizagem, as pessoas aprimoram continuamente suas capacidades de criar e recriar o estado futuro em ações conjuntas, objetivando a conscientização da equipe, através de mudanças e de alterações pessoais para que possam questionar constantemente seus modelos mentais e criarem ambientes seguros para que outras pessoas possam fazer o mesmo.
Diante deste contexto, desenvolver um método eficaz para a gestão do processo de renovação organizacional é fundamental para promover a mudança organizacional necessária para a sobrevivência em um mercado cada vez mais competitivo. Ocorre, no entanto, que as organizações precisam atentar para um entrave comum nessa situação. Trata-se da mudança cultural em todos os níveis hierárquicos, ponto fundamental para a busca da excelência dos processos.
Várias pesquisas revelam que as maiores dificuldades encontradas na implantação de novas filosofias e métodos é a transformação organizacional (mudança do status quo). Uma dessas pesquisas, realizada por uma empresa global de consultoria chamada Bain & Company, constatou que metade dos 223 executivos que participaram do levantamento de dados afirmaram que as empresas não possuem sistemas e habilidades suficientes para realizar uma gestão efetiva da mudança organizacional. Eles ainda concluem que 70% dos programas de mudança falharam.
O fato é que Gestão da Mudança é realmente uma transição complexa. A dica é que a transformação deve ser construída e sedimentada passo a passo, pois envolve mudanças de hábitos, pensamentos, sentimentos e percepções que antes estavam inseridos no dia-a-dia das pessoas (mind set) e que fazem parte da identidade da empresa (jeito de ser). Portanto, trata-se de um processo que requer o gerenciamento adequado para que as barreiras da resistência humana sejam quebradas.
Entretanto, esse ajuste na cultura organizacional deve começar a partir da criação de um ambiente favorável para que a transformação ocorra, pois mesmo a mais elaborada estratégia de negócio e o mais moderno aparato tecnológico não conseguirão alavancar resultados positivos sem que haja o engajamento adequado dos colaboradores. Reciclar passa a ser obrigatoriamente uma preocupação de qualquer empresa, bem como propiciar métodos para que isso se torne uma necessidade das pessoas.
Portanto, empregados e empregadores precisam aprender diferentes tarefas e saber que devem mudá-las de maneira continuada e permanente. A única vantagem competitiva das empresas contemporâneas é a rapidez com que os seus gestores assimilam e praticam o conhecimento adquirido em detrimento dos gerentes das concorrentes. Assim, aprender a aprender passa a ser a grande competência procurada em qualquer membro da organização.