quarta-feira, 13 de janeiro de 2016

Minha opinião sobre a motivação

Esse tema é recorrente para uma enorme diversidade de livros, palestras e treinamentos. As teorias que tratam do assunto também são diversas. Algumas delas dizem o seguinte: A motivação para o trabalho é um estado de espírito positivo, que permite ao indivíduo a realização das tarefas do cargo e de seu pleno potencial. É o combustível interior para se enfrentarem os desafios da função e da organização, e reflete a paixão com que o indivíduo exerce uma missão, obtendo a satisfação quando os objetivos são alcançados. Há, porém, um consenso de que uma das fontes de maior efeito na motivação é a participação, isto é, a possibilidade da pessoa colaborar, de participar, de se sentir importante e útil dentro do ambiente organizacional.
Muitas vezes, ocorre um conflito entre a personalidade do indivíduo e a organização. Exemplo quando o empregado ingressa na empresa levando consigo disposição para realizar, inovar e de progredir. Infelizmente, essa potencialidade nem sempre é estimulada, sendo comum o indivíduo ter seus passos tolhidos em decorrência das limitações e exigências da própria estrutura formal ou ainda por um chefe ou colega inseguro e invejoso. Apesar de tudo, sempre que me perguntam sobre motivação, diminuo a responsabilidade do ambiente organizacional e transfiro a maior parte para a conta de cada indivíduo. O fato é que a verdadeira motivação deve surgir primeiramente em cada um de nós. Somos nós que devemos criar as oportunidades, as condições e as ações para nos automotivar. É claro que ocorrem situações que nos desanimam. No entanto, devemos fortalecer nossa capacidade intelectual, física e espiritual, a fim de superar tais momentos.
Gosto muito de um conto que relata as diferenças de uma águia e uma galinha, direcionado para a questão da motivação. A história relata o seguinte: Era uma vez um ovo de águia que se soltou do ninho e veio rolando montanha abaixo. O ovo parou bem dentro de um galinheiro, justamente ao lado dos ovos de uma galinha. A galinha, com seu espírito maternal, recolheu o ovo junto aos seus. Cuidou dele, aqueceu e chocou. Nasceram então cinco lindos pintinhos e outro diferente. Todos foram crescendo e se criando como galinhas e galos. Naquela vidinha de sempre, corriam pelo quintal, ciscavam atrás do galo pai, aprontavam umas traquinices e saiam correndo pra baixo das asas da mãe.
Um belo dia, passando por ali um naturalista e observando aquelas aves, notou a águia no meio das galinhas. Intrigado, ele foi lá conversar com a águia: - Ei, você ? Psiu! Vem cá! O que você está fazendo aqui? Você já reparou que você não é uma galinha? - Por que você diz isso? Eu nasci aqui, cresci aqui, me criei aqui. Que história é essa? - Você não é uma galinha. Você é uma águia.  Águia? Eu? – É!. Uma águia. – Você tá louco!. Eu não sou águia. Eu sou uma galinha. Veja. Eu não sei voar. Eu vivo no galinheiro. Meus irmãozinhos são todos pintinhos e eu adoro comer milho e minhoquinhas. Como é que eu posso ser uma águia? - Você é uma águia. - Não, sou não. – É sim. Quer ver?
O naturalista pegou a pequena ave e a levou para cima do telhado. E disse: - Vou lhe mostrar que você é uma águia. E a atirou lá de cima. A pequena avezinha deu três cambalhotas no ar e se espatifou no chão. Machucou as perninhas. Ficou toda ralada. Xingou até a terceira geração do naturalista. - Miserável! Tá doido? Tá querendo me matar? Eu não disse que não era uma águia! O naturalista não desistiu. Pegou novamente a ave e a levou para o alto da árvore mais alta que encontrou e jogou de novo a ave lá de cima. Novamente ela deu três cambalhotas no ar, uma pequena planada e outra batida no chão. Desta vez ela ficou desesperada. Tentou fugir do louco de todas as maneiras. Correu atrás de proteção, mas não teve jeito.
O naturalista era determinado. Mais uma vez ele conseguiu pegá-la e desta vez a levou para o topo da montanha mais alta da região. O coração da águia estava uma verdadeira bateria de escola de samba. Seus olhos nem se abriam de tanto medo. De novo o lançamento. A vertigem da queda. A morte era e iminente. De repente, em um ímpeto de coragem e instinto. Aqueles momentos em que a natureza fala mais alto. A águia abriu as asas e imediatamente começou a planar. Seu coração voltou a um ritmo mais moderado. Criou coragem e começou a bater asas. No inicio, de forma desajeitada e incômoda. Depois de forma graciosa e segura, como se ela sempre soubesse voar. Feliz ela foi cada vez mais alto, cada vez mais longe e flutuou leve e contente em direção ao sol. Finalmente, ela alcançou seu destino. Finalmente, ela desabrochou e encontrou sua vocação. Finalmente, ela se tornou um ser que já existia dentro dela. Finalmente, ela se tornou um ser completo. Portanto, falar de motivação é primeiramente entender que tudo depende apenas de você mesmo superar suas limitações. É você o responsável pelo seu sucesso e felicidade.