domingo, 14 de fevereiro de 2016

Dicas básicas para o processo de ensinar e aprender

Certo indivíduo me perguntou porque eu perdia tempo escrevendo artigos. Pela pergunta ignorante, logo percebi que ele não tinha o hábito de ler. Aliás, essa situação reflete exatamente o processo de ensinar e aprender da educação brasileira. Neste contexto, cito agora algumas dicas básicas para aprimorar esse processo. São elas: A primeira dica é a leitura. Estudar exige sempre o ato e o hábito de ler. No entanto, é muito importante que as leituras sejam feitas com qualidade. Desta forma, procure conhecer o material da leitura (autor, estilo, organização). Recomendo fazer a leitura sempre com um dicionário à mão, pois será necessário caso ocorra a dúvida de algum vocábulo. Faça a leitura com calma, a fim de obter a compreensão do conteúdo. Procure sublinhar e anotar as ideias-chave. Assim, você irá construir significados para o que estiver lendo.
A segunda dica é participar das aulas. Quando falo em participação, quero dizer da interação e sinergia aluno e professor. No processo de ensino e aprendizagem, o momento da aula deve ser sagrado. O professor capacitado e motivado, o aluno interessado, ativo e participante são os grandes artistas que fazem o processo acontecer. As recomendações para essa atividade são: assiduidade e pontualidade; preparação das aulas; saber escutar o professor e seguir suas orientações; participação e apontamentos.
A terceira é sobre os resumos e esquemas. Os resumos e esquemas são muito úteis quando se pretende fazer uma boa revisão do que foi estudado. Uma dúvida pode surgir: Quais as principais semelhanças e diferenças entre resumo e esquema? Nas semelhanças, os resumos e esquemas identificam ideias-centrais, localizam os conceitos envolvidos e apontam exemplos mencionados. Nas diferenças, o resumo tem a sua estrutura na forma de uma pequena redação e com a essência do texto. O esquema é construído por meio de setas, chaves e colchetes.
A quarta dica é a pesquisa. A pesquisa é um modo de enriquecer um tema com novas informações. Recomendo diversificar a quantidade de fontes, tais como: a Internet (blogs, revistas eletrônicas, artigos científicos, etc.), os livros, as revistas e os jornais constituem excelentes meios de consulta para aquisição de mais conhecimento. Esse caminho abre horizontes para diferentes ideias na construção de argumentações e opiniões. Uma dúvida pode surgir: Quais as principais etapas para elaborar um bom trabalho de pesquisa escolar? Você pode fazer assim: Defina o tema a ser pesquisado. Temas transversais são excelentes para a realização de trabalhos interdisciplinares, em grupo. Indique fontes confiáveis, plano de filtragem e organização. Estude a interpretação do texto, tenha atenção a redação do texto e discuta a apresentação do trabalho em equipe.
A quinta dica é a avaliação. A avaliação é um caminho eficiente para que o professor e o aluno possam corrigir erros e avançar no caminho do conhecimento. Existem diferentes instrumentos que permitem aferir se objetivos traçados foram atingidos e metas alcançadas. No entanto, é preciso considerar aspectos quantitativos e qualitativos em um processo avaliativo. Uma dúvida pode aparecer: Quais são os principais cuidados a se considerar em um processo de avaliação? São eles: o intervalo de tempo entre checagens de aprendizado não deve ser longo, pois o acompanhamento contínuo é mais importante que avaliações contínuas. O fator surpresa da aplicação de uma avaliação é viável para manter a regularidade de estudo. Um ajuste de nível entre as avaliações e atividades realizadas com os aprendizes é necessário. Portanto, as questões de uma avaliação devem apresentar níveis diferentes de complexidade.
E na educação superior da graduação e pós-graduação? Como deve ocorrer o processo de ensinar e aprender? As dicas básicas são as mesmas, porém, deve-se considerar que o professor exerce um papel de facilitador. Neste contexto, o professor é o responsável por criar um ambiente de ensino-aprendizagem proativo e que possibilite a troca de experiências, conhecimentos e informações entre mestre e alunos. Trata-se de uma via de mão-dupla onde todos fazem parte do processo e agregaram valor ao todo. No nível superior, as experiências, as lições de vida e de trabalho, que surgem nesse tipo de ensino-aprendizagem, dão uma especial contribuição para os conteúdos programáticos. Vale ressaltar que a quantidade de conhecimento adquirida não necessariamente resulta em êxito profissional. O que faz a diferença é a quantidade de conhecimento que conseguimos aplicar e transformar em resultados. Portanto, o diferencial surge por meio das competências (habilidade, atitude e conhecimento), garantindo assim a formação completa do “SER”.
Para concluir, cito as dicas finais de três grandes pensadores: (1) “Aprender é a única coisa de que a mente nunca se cansa, nunca tem medo e nunca se arrepende” – Leonardo da Vinci. (2) "Nós somos aquilo que fazemos repetidamente. Excelência, portanto, não é um ato, mas um hábito" – Aristóteles. (3) “Ensinar não é transferir conhecimento, mas criar as possibilidades para a sua produção ou a sua construção. Quem ensina aprende ao ensinar e quem aprende ensina ao aprender” – Paulo Freire.