O TPS está baseado nos princípios da
cultura de melhoria contínua e da redução dos custos. Portanto, o passo
preliminar para a aplicação do TPS é a identificação e a eliminação dos
desperdícios. Contudo, o TPS necessita de tempo no chão de fabrica para mapear
as atividades de processo que agregam valor e as que não agregam valor ao
produto.
Desta forma, o primeiro passo é
examinar o processo a partir da perspectiva do cliente interno e externo. No
total, são 08 os tipos de desperdício que não agregam valor ao negócio: excesso
de produção, tempo de espera (operador ou máquina), transporte desnecessários,
excesso de processos ou processos incorretos, excesso de estoque (matéria
prima, semiacabados e/ou acabados), movimento humano desnecessário, defeitos e
suas consequências, subutilização de mão-de-obra. A Toyota considera o excesso
de produção a origem para os demais desperdícios.
Vale ressaltar que atualmente os
desperdícios são os males que mais prejudicam a sobrevivência das empresas
frente à competitividade, seja na indústria, na de construção civil, na
agricultura e também no governo. Para a Toyota, o desperdício é tudo aquilo que
consome algum tipo de recurso, porém não agrega qualquer valor ao processo. Portanto,
para se obter lucro, continuar sobrevivendo e empregando, a inexistência de
desperdícios nas empresas é a meta a ser atingida a todo custo.
Os desperdícios podem se esconder por
toda parte da empresa. Para evitar isso, deve-se compreender por completo o que
é o desperdício e suas causas. Todos os desperdícios se tornam parte dos custos
diretos e indiretos, portanto, são pontos relevantes na busca pela redução de
custos.
No entanto, ao pensar sobre a
eliminação total do desperdício, tenha em mente que o aumento da eficiência só
faz sentido quando está associado á redução de custos. Desta forma, para obter
isso é necessário começar a produzir apenas aquilo que se necessita usando um
mínimo de mão-de-obra.
Comece observando a eficiência de cada
operador e de cada linha. Observe então os operadores como um grupo, e depois a
eficiência em todas as linhas. A eficiência deve ser melhorada em cada estágio
e, ao mesmo tempo, para a fábrica como um todo. A Toyota sugere uma meta e uma
filosofia que diz: A verdadeira melhoria na eficiência surge quando se produz
zero desperdício e se eleva a porcentagem de trabalho para cem porcento.
Para o TPS-Lean, um processo adequado
irá produzir o correto resultado. Um bom começo para uma empresa eliminar
desperdícios é criar fluxo contínuo nos processos de manufatura. O fluxo
contínuo tende a forçar a implementação de várias outras ferramentas do TPS,
isto é, baixando o nível de estoque iremos tornar visíveis os problemas,
portanto, dispara-se uma ação para resolvê-los e não somente escondê-los.
Criar um fluxo contínuo significa
juntar operações que antes eram separadas, portanto, quando operações são
juntas há mais trabalho em equipe, o feedback é mais rápido para os
problemas de qualidade, o processo é melhor controlado e as pessoas
responsáveis pela solução dos problemas são acionadas imediatamente.
Na medida do possível, deve-se
racionalizar os fluxos de fabricação entre processos de forma contínua,
otimizando e aproveitando os espaços disponíveis, a fim de minimizar a movimentação
de pessoas, produtos, materiais e documentos. É necessário estabelecer um fluxo
racional de trabalho.
Portanto, quando são aprimorados os
processos e elevados os níveis de capacitação e motivação dos empregados, os
índices de desperdício caem naturalmente. No entanto, nunca se deve considerar
que já se atingiu um nível de qualidade suficiente, que permita a acomodação. É
preciso buscar a melhoria continuamente.
Nesse contexto, o TPS sugere que os operários devem estar equipados com “óculos de muda” (muda significa qualquer atividade que consome recursos e que não agrega valor aos clientes), tornando-os habilitados a enxergar as perdas, isto é, desenvolver uma cultura que os encorajem a eliminá-las, uma vez identificadas. Portanto, considerando que a cultura está inserida nos aspectos críticos da estratégia, desenvolver as pessoas será uma variável de suma importância para a mudança acontecer.
Nesse contexto, o TPS sugere que os operários devem estar equipados com “óculos de muda” (muda significa qualquer atividade que consome recursos e que não agrega valor aos clientes), tornando-os habilitados a enxergar as perdas, isto é, desenvolver uma cultura que os encorajem a eliminá-las, uma vez identificadas. Portanto, considerando que a cultura está inserida nos aspectos críticos da estratégia, desenvolver as pessoas será uma variável de suma importância para a mudança acontecer.