De acordo com o Instituto Japonês de
Engenharia de Fábrica (Japanese Institute of Plant Engineers – JIPE), define-se
a Manutenção Produtiva Total (ou em inglês “Total Productive Maintenance –
TPM”) como um termo base de uma estratégia de manutenção projetada para
maximizar a eficiência dos equipamentos por estabelecer um compreensivo sistema
de manutenção da produção cobrindo toda a vida útil dos equipamentos,
controlando todos os campos relacionados aos equipamentos e o que está
envolvendo cada um deles.
Descreve-se, portanto, todo o
relacionamento da sinergia entre as funções organizacionais e assim promovendo
a manutenção produtiva por meio de um gerenciamento motivacional e voluntário
em pequenos grupos de atividades. Outras fontes de pesquisa destacam que todas
essas atividades de aperfeiçoamento dos equipamentos são chamadas de Manutenção
Produtiva.
Portanto, a evolução desse modelo de
gestão da manutenção aconteceu através da introdução de operadores e
mantenedores trabalhando em equipe e com o objetivo de resolver os problemas
juntos.
Dentro desse modelo de gestão, há um importante
pilar chamado de Manutenção Autônoma. É nessa fase que os operadores assumem
várias responsabilidades sobre a máquina que atuam. Portanto, por esse motivo,
passa-se a chamar de Manutenção Produtiva Total.
Em relação a Gestão da Mudança, é
importante ressaltar a função da MPT em promover mudanças organizacionais. A
MPT, por meio do desenvolvimento e capacitação das pessoas, estimula ações de
prevenção e de melhoria contínua em relação aos equipamentos. Desta forma,
garantindo o aumento da confiabilidade dos mesmos e da capabilidade dos
processos.
Nesse sentido os técnicos de
manutenção e os operadores de produção ganham importância fundamental quanto ao
aprimoramento de seus resultados por meio do trabalho conjunto das duas áreas.
É através da MPT que o time entra nos detalhes das perdas na produção que estão
relacionadas a máquina. Portanto, realizando todos juntos um trabalho
sistemático de redução das perdas, proporcionando uma mudança na organização e
com resultados bastante significativos.
Nesse contexto, a MPT promove com
sucesso a mudança desejada de forma natural quando na aplicação planejada e
sistemática da metodologia dos pilares de manutenção autônoma, manutenção planejada
e nos grupos de melhorias.
Já a ferramenta do 5s-housekeeping,
podemos dizer que foi concebida originalmente por Kaoru Ishikawa, no Japão na
década de 1950 e foi aplicado com a finalidade de reorganizar o país após a
Segunda Guerra Mundial, quando vivia a chamada crise da competitividade. Até
hoje, é considerado o principal instrumento de gestão da qualidade e da
produtividade utilizado no Japão devido a sua eficácia.
Ocorre que o mesmo também pode ser
considerado como um sistema organizador, mobilizador e transformador de pessoas
e organizações. A ferramenta 5s é bastante básica e deve preceder qualquer
iniciativa de mudança em uma empresa.
Portanto, é uma técnica que alcança
resultados práticos e sustentaveis, pois visa estabelecer e manter a qualidade
do ambiente de trabalho na organização, a fim de assegurar o atendimento aos
padrões e promover o espírito da melhoria contínua.
O resultado é uma empresa, no qual as
pessoas dedicam maior ênfase à qualidade de vida no ambiente de trabalho, já
que trabalhar com segurança, ter um rendimento elevado, trabalhar em um
ambiente descontraído, limpo, organizado, climatizado, com pessoas positivas e
incentivadoras, é fundamental para o aumento da produtividade de qualquer tipo de
processo.
Desta forma, os 5s confirmam a
efetividade como uma ferramenta de transformação que, ao longo do tempo, passa
a ser incorporado na rotina das pessoas, contribuindo para a conquista da
qualidade total e tendo como vantagem o fato de provocar mudanças comportamentais
em todos os níveis hierárquicos, além de proporcionar a eliminação dos desperdícios,
a redução dos custos e a promoção de uma vantagem competitiva frente à concorrência.