terça-feira, 8 de julho de 2025

O que a Bíblia ensina sobre Liderança e Gestão de Pessoas?

Você talvez não espere encontrar na Bíblia um manual de gestão de pessoas, mas em Mateus 18:15 Jesus ensina um princípio de liderança tão eficaz hoje quanto era há dois mil anos. Quando diz “Se o seu irmão pecar contra você, vá e repreenda-o em particular. Se ele ouvir, você ganhou o seu irmão”, Ele está propondo um modelo de feedback direto, discreto e com foco na restauração da relação, em vez de expor o erro publicamente.

Esse ensinamento prioriza a confidencialidade e o respeito pela dignidade do colaborador. Na prática corporativa, esse cuidado se traduz em conversas de desempenho conduzidas num ambiente seguro, onde o profissional se sente valorizado e parte de uma cultura de confiança. O líder que segue esse exemplo evita cair em críticas diante de toda a equipe, preservando o engajamento e incentivando a pessoa a reconhecer a oportunidade de melhoria sem constrangimento.

Além disso, a abordagem bíblica é orientada à resolução de conflitos de forma construtiva. Quando o funcionário percebe que o líder busca “ganhar” sua cooperação e não simplesmente acusá-lo, nasce um espaço para o diálogo aberto e a troca de ideias. Isso reforça o senso de pertencimento e reduz a resistência natural às correções, pois demonstra que o objetivo maior é o crescimento mútuo e a excelência do trabalho entregue.

Na gestão moderna, encontramos ecos desse princípio em metodologias de coaching e performance management, que recomendam reuniões one-to-one periódicas para alinhar expectativas, oferecer feedback e traçar planos de desenvolvimento individual. A diferença, porém, está na intenção: enquanto muitas abordagens técnicas focam apenas em métricas de resultado, a orientação de Mateus 18:15 inclui também o cuidado relacional, mostrando que alcançar metas não deve sacrificar a autoestima nem a confiança das pessoas.

Ao incorporar esse modelo de correção privada e reconciliatória, o líder constrói uma cultura organizacional pautada em valores como empatia, transparência e responsabilidade compartilhada. Ele se torna um exemplo vivo dos princípios que defende, estimulando sua equipe a praticar o mesmo respeito nas interações do dia a dia, do alinhamento de prioridades até a solução de impasses.

Em um mercado cada vez mais competitivo e sujeito a mudanças rápidas, liderar com a sabedoria dessa passagem bíblica significa acolher falhas como oportunidades de aprendizado, valorizar o diálogo e fortalecer vínculos de confiança. Mais do que administrar tarefas, trata-se de zelar pelas pessoas, porque ao “ganhar o irmão”, a empresa ganha não apenas resultados, mas também capital humano engajado e motivado a construir soluções melhores.